Esse conceito de “comer intuitivo” foi criado pelas nutricionistas americanas Evelyn Tribole e Elyse Resch e a apesar de ser um termo recente, já vem tendo bons resultados para a saúde.

A alimentação intuitiva é uma integração entre o corpo e a mente, buscando ouvir os sinais do organismo para atender as necessidades fisiológicas.

O comer intuitivo se trata de uma nutrição que se baseia nos sinais de fome e saciedade, e ele se baseia em 3 pilares e 10 princípios.

comer intuitivo

3 Pilares da Alimentação Intuitiva

Ao comer consciente, somos capazes de ajudar a desenvolver um relacionamento com a comida que é muito mais do que apenas sustento (se sentir “cheia”).

A comida é uma experiência complexa que pode ser agradável de muitas maneiras. Ao desacelerar e estar presente no momento, você é capaz de estar atento a todos os aspectos criativos, sociais, físicos e emocionais da comida que está comendo enquanto nutre um relacionamento livre de culpa e vergonha.

Construir essa relação positiva com a comida sem esses sentimentos negativos associados permite que você coma e aprecie sua comida enquanto está atento aos sinais naturais de fome do seu corpo

diz Bruno Rodrigo, fundador da BR da Nutrição.

A alimentação consciente pode ser um desafio no começo, então aqui estão 3 principais dicas para você começar a comer intuitivo.

1. Permissão incondicional para comer

Quando falamos sobre “permissão incondicional para comer”, não estamos falando necessariamente sobre comer qualquer coisa, sem nenhum critério e sim permitindo que as pessoas tenham um relacionamento com a comida, onde não existem alimentos permitidos e proibidos, e assim não tem aquele sentimento de culpa, após comer algo que em dietas restritivas é considerado proibido.

2. Comer para atender as necessidades fisiológicas

Quem nunca quando esta feliz ou triste acabou descontando na comida? É quase impossível não associar a alimentação das nossas emoções, seja para descontar as nossas frustações ou celebrar algo.

Mas quando isso se torna recorrente, fazendo com que todas as refeições sejam para aliviar as emoções isso pode acabar prejudicando tanto fisicamente, quanto emocionalmente, já que a comida não é capaz de resolver os problemas.

3. Basear-se nos sinais internos de fome e saciedade

É com esse pilar que deve-se começar a comer quando sentimos fome, através de sinais fisiológicos que o corpo nos da, como, estomago roncando e até dor de cabeça. E devemos parar de comer quando estamos já saciados, onde o corpo nos manda mensagem para entender que esta satisfeito.

Porém esses sinais, tanto de fome quanto de saciedade, não são tão fáceis de serem percebidos para algumas pessoas e por isso o acompanhamento nutricional é tão importante, para fazer o individuo a entender os sinais do próprio corpo.

10 Princípios do Comer Intuitivo

principios do comer intuitivo

Existem alguns princípios que os próprios autores criaram e podem te orientar melhor sobre o comer intuitivo.

A intenção com essas normas é que você passe por cada princípio, gastando tempo para entender sua importância na jornada do emagrecimento e trabalhando para colocá-lo em prática.

Vale ressaltar que não é um processo linear; Logo, essas regras não estão em ordem.

1. Rejeitar a mentalidade de dieta

Rejeitar a ideia de que outras pessoas podem decidir o que, como e quando você deve comer. Diz respeito a achar que precisamos estar sempre nos restringindo, seja por questões de estética ou saúde.

2. Honrar a fome

É essencial aprender a perceber os sinais fisiológicos que o seu corpo da quando precisa de alimento e respeitar os seus sinais.

3. Fazer as pazes com a comida

Não existe alimento bom ou alimento ruim, é importante ter uma boa relação com a comida e comer sem julgamento.

4. Desafiar o policial alimentar

No comer intuitivo, os autores se referem ao “policial alimentar” que seria como o lado negativo que nos sentir culpado.

A ideia aqui é fazer com que o individuo não se culpe ao se permitir se satisfizer com os alimentos e não julgar.

5. Sentir a saciedade

Respeitar os sinais do corpo ao saber a hora de parar de comer. É importante comer devagar e em um ambiente calmo, assim você conseguirá notar os sinais do organismo.

6. Descobrir o fator de satisfação

A alimentação tem que ser prazerosa e por isso é tão importante quanto a fome e a saciedade, você deve comer o que tem vontade, sabendo o que o seu corpo precisa.

7. Lidar com as emoções

Como já foi dito, não se deve descontar os sentimentos na comida, pois aquilo será momentâneo, acontecer algumas vezes é normal, como celebrar algo comendo hambúrguer e batata frita, mas isso não pode ser frequente. É importante assumir as suas emoções e aceita-las.

8. Respeitar o próprio corpo

É importante não ultrapassar limites.

9. Exercitar-se, sentindo a diferença.

Fazer exercício não deve ser apenas associada a perda de peso, deve-se encontrar formas prazerosas de movimentar o corpo.

10. Honrar a saúde

Faça as pazes com a comida. Busque uma alimentação gentil e saudável ao mesmo tempo, sem que o único foco da sua alimentação seja a perda de peso.

Vale ressaltar que para se colocar o Comer Intuitivo em prática não simplesmente sair comendo tudo que esta com vontade pela frente.

Dietas e planos alimentares calculados não fazem parte da alimentação intuitiva, onde também não há contagem de calorias e macronutrientes.

Esse tipo de alimentação vem sido abordada principalmente para aquelas pessoas que possuem transtornos alimentares.

O comer intuitivo É uma alimentação onde o individuo tem liberdade de escolher o que, como e quanto comer, sabendo respeitar os sinais que o seu corpo da em relação a fome, saciedade e satisfação.

Além disso, não significa que não seja necessário o acompanhamento de um profissional da área.

nutricionista gabriela vasques

Artigo escrito por: Nutricionista Gabriela Vasques IG @nutri_gabyvasques – Contato & Agendamentos: (11) 97431-2466

Participação e revisão: Bruno Rodrigo

Referencias:

ALVARENGA, Marle et al. Nutrição Comportamental. 2.ed. Barueri – SP: Manole, 2019.

BARBOSA, Marina Rodrigues; PENAFORTE, Fernanda Rodrigues de Oliveira e SILVA, Ana Flavia de Sousa.Mindfulness, mindful eating e comer intuitivo na abordagem da obesidade e transtornos alimentares. SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) [online]. 2020, vol.16, n.3, pp. 118-135. ISSN 1806-6976. http://dx.doi.org/10.11606/issn.1806-6976.smad.2020.165262.

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Sobre o Autor

Nutri Gabriela Vasques
Nutri Gabriela Vasques

CRN-3 53245 Especialista em Nutrição Clinica, São Paulo - SP Agendamentos: (11) 97431-2466

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